Contra o crime organizado

Matéria de Sidney Coutinho (SGCOM ) – Link para conteúdo original no rodapé.

O reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Roberto Medronho, assinou, na última terça-feira (30/4), um acordo de cooperação para formar profissionais especializados em combater o crime organizado, em atividades como lavagem de dinheiro e corrupção de agentes públicos com o Centro Internacional de Educação e Métodos de Monitoramento Financeiro da Federação da Rússia (ITMCFM), instituição criada pelo Serviço de Monitoramento Financeiro do governo de Vladmir Putin (Rosfimonitoring).

O coordenador do Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (GAECO/MPRJ), o promotor de Justiça Fabio Corrêa, esteve reunido no dia anterior com o cônsul da Rússia, Alexandr Alexandrovich, e a diretora-geral de Projetos em Educação, Irina Shilina, para discussão de meios para troca de experiências, ferramentas a área de treinamento de equipes.

Até o fim de maio, a delegação da UFRJ que participou no ano passado das finais das Olimpíadas Internacionais de Segurança Financeira em Sochi, espera conhecer os finalistas entre competidores de 35 países. Há dois anos, 10 alunos da Universidade participaram do evento e o estudante Isaac Carvalho, do Instituto de Matemática, ficou entre os premiados. Em 2023, foi a vez da aluna de Relações Internacionais Sofia Vieira levar novamente a bandeira do Brasil ao pódio. Além disso, os alunos encontraram o presidente Vladimir Putin e o aluno da Faculdade Nacional de Direito Augusto Lemmertz teve a oportunidade de conversar com o Presidente da Rússia.

Entre os dias, 29 de abril e 1º de maio, um Seminário Internacional em Segurança Financeira, ocorrido no Centro de Tecnologia (CT), apresentou palestras, workshops, master classes, entre outras atividades, a possibilidade de contato com um conjunto de perspectivas, oportunidades e carreira, para jovens estudantes e pesquisadores. Para os estudantes, foi uma grande oportunidade de conhecer uma nova carreira profissional, que exige conhecimentos multidisciplinares para promoção de inovação em fiscalização, regulação e cooperação internacional.

Com o avanço da tecnologia de comunicação e meios de pagamento, incluindo a inserção das cryptomoedas no cenário mundial, as ações criminosas envolvendo lavagem de dinheiro, corrupção, financiamento de atos terroristas, golpes por mídias sociais, sistemas de pirâmides e falsas modalidades de investimentos, dificultaram a ação de monitoramento, rastreio e regulação destas atividades que ameaçam a segurança financeira. A formação de profissionais especializados cria um ambiente cooperativo e regulado, o que eleva aspectos da segurança nacional e favorece a condição de segurança financeira permitindo ampla interação e comércio, com garantias de regulação e capacidade de monitoramento.

Com a assinatura dos acordos, a UFRJ se torna a primeira universidade na América Latina a aderir ao International Network AML/CFT Institute, grupo composto por mais de 50 universidades na Rússia e países euroasiáticos dedicados ao combate a lavagem de dinheiro, corrupção e financiamento de terrorismo internacional.  A reunião contou também com a participação da vice reitora, Cassia Turcci, e do Cônsul da Rússia, Alexander Korolev.

Para o coordenador especial de Relações Internacionais com a Federação Russa da UFRJ, professor Fábio Krykhtine, a UFRJ vai se tornar mediadora da pesquisa e educação em segurança financeira no Brasil. “O Rio de Janeiro pode assumir papel relevante neste cenário através de cooperação entre os órgãos e redes internacionais de inteligência e segurança financeira”, destacou.

Conteúdo replicado de https://conexao.ufrj.br/2024/05/contra-o-crime-organizado/

Cerimônia de Assinatura de Acordo com a Associação deUniversidades Africanas (AAU)

O Magnífico Reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro,
Professor Roberto de Andrade Medronho, e o Secretário Geral, da
Associação de Universidades Africanas, o Professor Olusola Bandele
Oyewole, têm a honra de convidar toda a comunidade UFRJ para a cerimônia de assinatura do Acordo de Cooperação com a AAU.

Data: 25 de abril de 2024 – quinta-feira;
Horário: 11 horas;
Local: Auditório Horta Barbosa (Bloco A do CT – Av. Athos da Silveira Ramos, 149 – Cidade Universitária

Servidor da UFRJ realiza mobilidade de staff em universidade argentina

Entre os dias 06 e 10 de novembro de 2023, o servidor Analista de Relações Internacionais, Guilherme Antunes, visitou a cidade de Junín, na Argentina, realizando um intercâmbio na Universidad Nacional del Noroeste de la Provincia de Buenos Aires (UNNOBA).

A experiência decorreu de aprovação em processo seletivo conduzido pela SGRI/UFRJ, direcionado a servidores atuantes na área de internacionalização ou comunicação da universidade, e foi co-financiada pela UFRJ, que custeou as passagens aéreas, e pela UNNOBA, que forneceu hospedagem e alimentação. Vale ressaltar que a chamada foi realizada por meio de Edital publicado e aberto a todos os servidores “que atuam diretamente na potencialização e consolidação do processo de internacionalização da UFRJ.”

A mobilidade de staff não-docente, também chamada de mobilidade de gestores, é uma importante iniciativa que tem adquirido maior proeminência nos últimos tempos. Se o intercâmbio acadêmico propriamente dito, seja para estudantes, docentes ou pesquisadores, é mais disseminado e encorajado institucionalmente, apenas em tempos recentes é que a mobilidade de servidores administrativos tem adquirido maior atenção. Nesse caso, em específico, ela se deu não via acordo bilateral entre as universidades, senão a partir da participação de ambas em uma rede universitária internacional intitulada Associação de Universidades Grupo Montevidéu (AUGM), a qual congrega universidades públicas da América do Sul e promove, dentre outras iniciativas, o intercâmbio de estudantes, docentes e servidores técnico-administrativos dentre as universidades associadas.

Leia a seguir o depoimento do servidor:

“Considero, acima de tudo, que o principal ganho institucional advindo da mobilidade de staff consiste na capacitação via compartilhamento de aprendizados e boas práticas. O trânsito a uma universidade estrangeira permite que ambas possam aprender umas com as outras, ponderar a eventual aplicabilidade de práticas aprendidas nessa interação, e reter um conhecimento arejado que pode induzir um movimento interno de reformulação com vistas a maiores ganhos de eficácia e eficiência. Ademais, possibilita uma comunicação intercultural altamente profícua, sobretudo para a área de relações internacionais, haja visto que torna explícita a diversidade cultural, linguística e étnica e fomenta uma atitude de entendimento mútuo assentado na compreensão das diferenças e no respeito ativo. Se bem planejada em um plano de trabalho de elevada qualidade, a mobilidade suscita o surgimento de inúmeras novas ideias, as quais, se encontrarem terreno fértil na universidade de origem do servidor participante do intercâmbio, podem resultar em notórias ações de aperfeiçoamento institucional.

Reunião com as professoras do Serviço de Línguas Estrangeiras  da UNNOBA, María Martino e Rosana Eisaguirre (na parte superior), a qual veio à UFRJ e promoveu atividades de ensino e cultura, como contrapartida no processo da AUGM.

 Na UNNOBA, fiquei por cinco dias lotado na Pró-Secretaria de Relações Internacionais, órgão homólogo à SGRI na UFRJ, sendo portanto o escritório central de relações internacionais da universidade, diretamente vinculado à sua reitoria. Ali, pude conhecer e interagir com os colegas atuantes na área. Apresentamos nossa universidade uns aos outros, comparamos atividades administrativas comuns nesse métier, a exemplo da publicação de editais de intercâmbio ou da gestão de acordos internacionais, refletimos sobre as especificidades de cada universidade, consoante sua missão, porte e localização geográfica, e intercambiamos saberes diversos. Pude aprender com meus colegas e, espero, tê-los também ensinado um pouco sobre a operacionalização da internacionalização universitária.

O intercâmbio incluiu também a visita a diferentes instâncias da UNNOBA, a exemplo da Reitoria, localizada em uma belíssima construção histórica, o Chalé de Mr. York, a Escola de Ciências Econômicas e Jurídicas, a Escola de Tecnologia, a Escola de Ciências Agrárias, Naturais e Ambientais, e o Centro de Pesquisas Básicas e Avançadas. Ademais, pude também visitar bibliotecas, laboratórios e, inclusive, fazer as refeições no mesmo restaurante universitário que atende à comunidade da universidade. Por fim, destaco ainda a visita ao alojamento para estudantes estrangeiros, algo que infelizmente ainda não temos na UFRJ, e pude visualizar na prática o cuidado no que se refere ao trato com o estudante estrangeiro, o que inclui não só a oferta de uma estrutura física de residência, mas sobretudo a criação de uma rede de suporte permanente e a oferta continuada de ações de integração, a exemplo da visita ao estádio “Eva Perón” para que os estudantes possam assistir aos jogos do time local, o Sarmiento, além de excursões e passeios programados durante todo o semestre, inclusive para outras cidades, como Buenos Aires.

Destaco também algumas importantes reuniões, incluindo a realizada com o Serviço de Línguas Estrangeiras da UNNOBA, órgão vinculado à reitoria encarregado da capacitação de toda a comunidade da UNNOBA (e externa, haja visto que eles também articulam ações de extensão) em línguas estrangeiras (inglês, francês e português, além do espanhol, para os estrangeiros). Aprendi que, na UNNOBA, todo curso de graduação conta com ao menos uma disciplina de ensino de língua estrangeira, o que evidencia a preocupação da universidade em capacitar profissionais de todas as áreas para atuarem nesse mundo cada vez mais integrado e cosmopolita. Sublinho ainda a reunião com a servidora da Pró-Secretaria de Relações Internacionais encarregada da internacionalização da pesquisa. Na SGRI não temos ainda uma articulação nesse sentido, e me pareceu uma oportunidade de refletir sobre a possibilidade de sermos mais assertivos nesse aspecto.

Foi, decerto, uma excelente experiência, não só de capacitação, mas também de intercâmbio cultural, inclusive fora dos espaços da universidade. Estar em uma cidade como Junín, tão pequena se comparada ao Rio de Janeiro, sentir o acolhimento de seus moradores e praticar o espanhol certamente contribuíram para o meu crescimento pessoal e também profissionalmente, uma vez que esse tipo de imersão em uma comunidade estrangeira contribui para o desenvolvimento de competências extremamente úteis ao fazer profissional, notadamente a aquisição de competências linguísticas e interculturais. Tive até mesmo a oportunidade de dar uma entrevista à Rádio UNNOBA, em que falei da experiência do intercâmbio em si, da UFRJ e das diferenças e proximidades entre as universidades. Clique aqui para acessar a entrevista.

Registro da entrevista concedida nos estúdios da Rádio UNNOBA.

Regresso à UFRJ com muitas ideias, e espero encontrar, na instituição, espaços receptivos para que ideias, ou ao menos parte delas, possam frutificar e gerar ações de internacionalização mais oportunas e responsivas às nossas necessidades.”

Frente do edifício Elvira R. de Dellepiane, sede do escritório da Pró-Secretaria de Relações Internacionais da UNNOBA, em companhia de María Forneris, Diretora de Cooperação Internacional da UNNOBA.

Setor da Letras promove conhecimento de língua portuguesa e cultura brasileira para ação internacional da UFRJ

Estudantes pré-PEC-G em atividade cultural no Centro do Rio.

O Setor de Português Língua Estrangeira (SePLE) e a Coordenação do Curso de Língua Portuguesa e Cultura Brasileira PEC-G, a convite do Prof. Dr. Paulo Tonani (Faculdade de Letras/UFRJ), têm realizado atividades com os estudantes do curso de Língua Portuguesa e Cultura Brasileira, por meio das quais o conhecimento da língua portuguesa é aprofundado e, simultaneamente, é o processo da preparação para a vida acadêmica no Brasil é otimizado.

Desde 2022, os estudantes pré-PEC-G tem tido a oportunidade de realizar aulas exploratórias pela cidade do Rio de Janeiro. No ano passado, a atividade “Cartografias Literárias”, levou os estudante ao estudo de trechos selecionados de textos literários, durante um passeio pelo circuito da Pequena África, no centro do Rio. Já, neste ano (2023), o tema foi “violência policial e territorialidades”, em que foi promovida a reflexão sobre os espaços urbanos no Rio de Janeiro, a violência policial e a  arte como forma de expressão, tomando o grafite como ponto de partida.

O Programa de Estudantes-Convênio de Graduação (PEC-G), segundo o site oficial, “oferece oportunidades de formação superior a cidadãos de países em desenvolvimento com os quais o Brasil mantém acordos educacionais e culturais. Desenvolvido pelos ministérios das Relações Exteriores e da Educação, em parceria com universidades públicas – federais e estaduais – e particulares, o PEC-G seleciona estrangeiros, entre 18 e preferencialmente até 23 anos, com ensino médio completo, para realizar estudos de graduação no país.” Saiba mais.

Na UFRJ, o Setor de Português como Língua Estrangeira da Faculdade de Letras oferece um curso intensivo de português e cultura brasileira, a fim de preparar os estudante do Programa PEC-G. Saiba mais.

Estudante pré-PEC-G participando de atividade cultural.
Visita ao sítio arqueológico do antigo Cais do Valongo, o principal ponto de entrada de africanos escravizados do Brasil, redescoberto durante as obras para as olímpiadas do Rio de Janeiro.

Inscrições Rede Magalhães: informação importante

Devido ao volume de perguntas recebidas pela equipe da Divisão de Mobilidade da SGRI, vimos prestar a informação de que e Termo de Compromisso, mencionado no Edital, já está incluído no formulário de inscrição online. Não se trata de um documento à parte.

Balanço do projeto “Semanas de Internacionalização da UFRJ”: uma pioneira experiência de internacionalização da extensão na UFRJ*

De maio de 2022 a maio de 2023, a Superintendência Geral de Relações Internacionais (SGRI) teve a pioneira experiência de coordenar um projeto de extensão intitulado “Semanas de Internacionalização da UFRJ”. Por delegação do professor Amaury Fernandes, então superintendente geral de relações internacionais e idealizador do projeto, coube a mim atuar como coordenador e liderar uma equipe composta por 22 membros, dentre discentes, docentes e técnicos-administrativos. Findado o período de vigência do projeto, pretendo efetuar, nas próximas linhas, um breve balanço, destacando as atividades realizadas nesse ínterim, os objetivos alcançados e as perspectivas futuras para a chamada internacionalização da extensão na UFRJ.           

Considero imprescindível, em um primeiro momento, tratar mais detalhadamente do conceito de extensão em si. A Constituição Federal ,em seu artigo 207, estabelece o princípio da indissociabilidade entre o ensino, a pesquisa e a extensão no sistema de ensino superior brasileiro. Enquanto os dois primeiros pilares do chamado “tripé universitário” costumam ter seu significado melhor apreendido, tanto pelo público da Academia quanto pelo senso comum, o terceiro pé, conquanto teoricamente equiparado aos demais em um mesmo nível de importância, é amplamente incompreendido e, não raro, secundarizado. A extensão, em linhas gerais, denota um movimento de articulação da universidade e do saber ali produzido com as chamadas comunidades externas, ou seja, as parcelas do público e da sociedade que não estão diretamente vinculadas à universidade. São as pessoas que não trabalham ou não estudam na universidade, e que nem por isso devem estar completamente apartadas das atividades universitárias, ou que não devam ser incluídas no processo de produção e disseminação do saber universitário. A extensão pressupõe que o papel da universidade pública brasileira não se esgota na formação de profissionais, mas inclui uma função mais assertiva de promoção de um desenvolvimento sócio-econômico que não prescinde do envolvimento contumaz e continuado com os entornos sociais. A universidade, dessa maneira, atua como uma força transformadora.

Segundo a Pró-Reitoria de Extensão da UFRJ (PR-5), a extensão universitária pode ser  compreendida como “um processo interdisciplinar educativo, cultural, científico e político que promove a interação transformadora entre universidade e outros setores da sociedade”. A UFRJ, segundo indicadores da própria PR-5, possui mais de 1800 projetos de extensão, os quais possibilitam essa interação transformadora entre a universidade e as comunidades externas. Como uma instância puramente administrativa (não-acadêmica), a Superintendência Geral de Relações Internacionais não havia, até o presente momento, se dedicado mais diretamente a projetos de extensão, ocupando-se, quando muito, em celebrar parcerias internacionais que, dentre seus objetivos, possibilitavam a realização de projetos de extensão em modalidade colaborativa. Esse cenário mudaria em 2022, quando a SGRI passaria a coordenar um projeto de extensão intitulado “Semanas de Internacionalização da UFRJ”.

A ideia original, concebida pelo professor Amaury Fernandes, seria realizar periodicamente na UFRJ uma série de atividades educativas e culturais abertas à participação do público externo que partilhassem de um tema comum, envolvessem parceiros e colaboradores internacionais e fossem distribuídas no formato de uma semana, aqui compreendida como um período de três dias, e não de cinco, considerado como demasiado para uma execução satisfatória. Assim sendo, foi promovida a primeira das semanas, a “Semana da Lusofonia”, ocorrida de 03 a 05 de maio de 2022. O objetivo principal do evento foi estimular encontros e debates sobre arte e cultura nos países lusófonos e debater aspectos relacionados ao ensino da língua portuguesa. A Semana da Lusofonia foi viabilizada por intermédio de uma parceria entre a UFRJ, representada pela SGRI e pela Escola de Comunicação (ECO), e o Consulado-Geral de Portugal e o Instituto Cultural Luís de Camões. As atividades da Semana da Lusofonia ocorreram em formato remoto, e o último painel foi transmitido diretamente a partir das instalações do Consulado Geral de Portugal no Rio de Janeiro. As gravações encontram-se disponíveis no canal do Youtube da Escola de Comunicação (Escola de Comunicação UFRJ – Playlist Lusofonia). Como inscritos regulares, o evento alcançou cerca de 60 pessoas, dentre membros internos e externos à UFRJ.

Em seguida à Semana da Lusofonia, foi realizada a I Semana da Integração do Estudante Estrangeiro. Essa atividade teve como público-alvo principal os estudantes estrangeiros recém-chegados à UFRJ. A exemplo da Semana da Lusofonia, também a I Semana da Integração do Estudante Estrangeiro ocorreu em três dias. O primeiro deles, dia 26 de agosto de 2022, ocorreu de forma remota, e incluiu a oferta de um painel virtual em que integrantes do projeto conversavam com os estudantes, compartilhavam informações sobre a UFRJ e a vida na cidade do Rio de Janeiro, e dirimiam dúvidas. Já os demais dias, 29 e  30 de agosto de 2022, incluíram atividades presenciais, no campus Cidade Universitária e no Campus Fundão. Foram realizadas atividades tais quais: passeio de ônibus na Cidade Universitária, para visita a locais de interesse e conhecimento da história da universidade; caminhada ecológica na Ilha do Catalão; atividades interativas conduzidas no auditório da Inovateca (Parque Tecnológico), incluindo apresentações institucionais, quizzes sobre o Brasil e sobre o Rio de Janeiro e brincadeiras conduzidas por estudantes da UFRJ, do Grupo Interpoli (coletivo da Escola Politécnica que recepciona os estudantes estrangeiros). Já no Campus da Praia Vermelha os estudantes fizeram uma visita ao Palácio Universitário, à biblioteca Eugenio Gudin, também para que pudessem familiarizar com o Sistema de Bibliotecas da UFRJ, e um passeio cultural à Praia Vermelha, incluindo uma caminhada pela Pista Cláudio Coutinho. O evento prestou-se ao acolhimento dos novos estudantes estrangeiros, à sua integração à universidade e à cidade do Rio de Janeiro, à formação de uma rede de apoio ao público estrangeiro constituída por estudantes e servidores da UFRJ, à provisão de informações de utilidade, ao conhecimento e à visita de espaços da UFRJ, para fortalecimento do vínculo com a universidade, e ao estímulo à socialização com os estudantes brasileiros. Dela participaram 78 estudantes estrangeiros.

Em março de 2023, com o fito de alcançar um novo público de intercambistas, foi realizada uma nova edição da Semana da Integração do Estudante Estrangeiro. A segunda edição contou com as mesmas atividades da primeira, acrescidas de uma atividade conjunta com um outro projeto de extensão da UFRJ, o Comunidança, que resultou na oferta de uma mini aula de ritmos brasileiros aos estudantes estrangeiros, além da visita a dois importantes laboratórios da UFRJ, o LABEst e o NUMATS. Assim, os estudantes puderam conhecer um pouco mais da vertente da inovação e da produção tecnológica da universidade. A II Semana de Integração do Estudante Estrangeiro ocorreu nos dias 27, 28 e 29 de março de 2023, todos em formato presencial, e compreendeu um público de 49 estudantes estrangeiros. A novidade em relação à primeira edição foi a participação de estudantes estrangeiros de diplomação plena, oriundos do Programa de Estudantes-Convênio de Graduação (PEC-G) e do Programa de Estudantes-Convênio de Pós-Graduação (PEC-PG), voltados a estudantes do Sul Global, sobretudo de países da África e da América Latina. Pela primeira vez, estudantes desses programas, coordenados respectivamente pela Pró-Reitoria de Graduação (PR-1) e pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PR-2), puderam estar presentes em um evento de acolhimento promovido pela SGRI e se integrar com os demais estudantes estrangeiros em intercâmbio e com estudantes da UFRJ participantes do projeto.

Já em novembro de 2022, em uma atividade destoante do formato originário das “semanas”, foi realizada uma visita à Escola Municipal O’Higgins, localizada no bairro de Bangu, Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro. Na ocasião, integrantes do projeto de extensão visitaram a escola na companhia de oito estudantes estrangeiros em intercâmbio na UFRJ, com o intuito de promover uma interação intercultural entre eles e estudantes de duas turmas do quinto ano, compreendendo crianças de dez a onze anos. Na ocasião, os estrangeiros levaram fotografias da época em que eram crianças e ali eles puderam conversar e trocar experiências sobre infância, brincadeiras, sonhos e afetos. Foram realizados jogos como uma dinâmica em que o estrangeiro tinha seus olhos vendados e precisava adivinhar o objeto descrito pelas crianças. Ao final, o estudante ensinava às crianças o nome daquele objeto em sua língua materna, gerando também uma troca em termos linguísticos. As crianças ainda tentavam adivinhar o país de origem dos estrangeiros a partir de dicas, e dessas trocas surgiram uma expansão de horizontes de ambas as partes. As crianças do quinto ano puderam conhecer pessoas dos mais longínquos países, alguns dos quais elas nunca haviam ouvido falar, e tiveram um pequeno aperitivo da diversidade linguística e cultural do mundo. Já os universitários puderam conhecer e interagir com crianças brasileiras, de uma área de realidade sócio-econômica bastante diversa dos circuitos turísticos que eles estão habituados a frequentar na cidade do Rio de Janeiro, conhecer seu espaço de sala de aula e inclusive disfrutar da mesma refeição que eles, uma vez que todos almoçaram no refeitório da escola. Muitos dos intercambistas descreveram a experiência como um dos pontos altos de seu intercâmbio a UFRJ. A visita teve um alcance de público de 60 crianças e 8 estudantes estrangeiros.

Finalmente, em maio de 2023, aproveitando a vinda da professora argentina Rosana Eisaguirre, da Universidad Nacional del Noroeste de la Provincia de Buenos Aires (UNNOBA), foi proposta a realização de duas edições, no mesmo dia, de uma oficina cultural internacional sobre espanhol e cultura argentina. A proposta seria de ensinar um pouco de espanhol e discutir aspectos culturais da Argentina, objetivando inclusive desconstruir alguns dos estereótipos que o público brasileiro costuma nutrir sobre os argentinos. A fim de que se pudesse promover uma atividade para além dos campi da UFRJ sediados na cidade do Rio de Janeiro, que são os que mais usualmente têm acesso a esse tipo de atividade, propôs-se que a oficina fosse realizada no Campus Duque de Caxias. Assim, essa atividade teve como resultado irradiar os benefícios do projeto de extensão para um público de outro perfil, de outra localidade, que puderam conhecer e interagir com uma professora argentina, aprender um pouco de espanhol e conhecer alguns aspectos culturais da Argentina, país geograficamente próximo porém muitas vezes distante em nosso imaginário. Foram realizadas duas oficinas, uma no turno da manhã e outra no turno da tarde, ambas com três horas de duração, e foram alcançados 35 participantes, entre internos e externos.

Considero que o projeto foi extremamente exitoso como uma primeira experiência de atuação direta da SGRI no que tange à coordenação de um projeto de extensão. Pessoalmente, valoro os esforços despendidos no sentido de efetuarmos um trabalho de campo, sairmos dos limites de nossos escritórios e buscarmos a interação e a integração com esses públicos. E de superação das adversidades, mormente a falta de um orçamento para custearmos as ações do projeto. Agradeço aos inúmeros parceiros e aliados que descobrimos nesse processo: o Consulado-Geral de Portugal, o Instituto Cultural Luís de Camões, a Pró-Reitoria de Extensão (PR-5), a Prefeitura Universitária, o Parque Tecnológico, o Instituto de Microbiologia, representado pelo professor Marco Miguel, o Interpoli, o Comunidança, a Faculdade de Administração e Ciências Contábeis, representada na figura do professor Pierre Ohayon, a Escola Municipal O’Higgins,  a Direção do Campus Duque de Caxias, a professora Gisele de Amorim e a professora Rosana Eisaguirre. E a todos os demais que contribuíram e participaram das atividades, seja como participante, colaborador ou organizador.

Agradeço também a todos os membros e colaboradores do projeto, cujo empenho foi fundamental para a realização do projeto: Amaury Fernandes, Cláudia Mendes, Cláudio Pinheiro, Daniela Patti, Eduardo Neves, Fabrício Longo, Jennifer Lowe, João Araújo, Mário Feijó, Mônica Freitas e Ramon Marins. E aos estudantes extensionistas Clara Lemos, Daiane Silva, Emmanuela Archanjo, Karina Castro, Karinni Baeza , Larah Rubio, Márcio Azevedo, Maria Luiza Mirindiba, Maria Vitória Alentejano, Pietra Regis, Thais Freitas e Yasmin Alves.

Por fim, destaco que as ações de extensão aqui descritas encaixam-se como ações de internacionalização da extensão. A internacionalização universitária, segundo formulação deMarília Morosini, professora da PUC-RS e uma das principais pesquisadoras do tema no Brasil, pode ser definida como o “processo de integrar uma dimensão internacional e intercultural na Educação Superior, advindo de interações, sustentadas por redes colaborativas, em blocos socioeconômicos desenvolvidos e com outros que valores múltiplas culturas, diferenças, locais e tempos, fortalecendo a capacidade científica nacional, com o fito de ser irradiador do desenvolvimento sustentável”. Semelhante definição permite depreender que a internacionalização não é um fim em si mesmo, senão um meio para aportar, à educação superior, o desenvolvimento de competências linguísticas e interculturais, tão úteis à formação profissional e à geração de uma cidadania cosmopolita que valore as diferenças e combata a intolerância e o preconceito cultural. Ao fomentar o desenvolvimento de semelhantes competências também perante o público externo, as ações de extensão aqui referidas traduzem um dos objetivos manifestos no atual Plano de Desenvolvimento Institucional da UFRJ (PDI 2020 – 2024), a saber, a internacionalização da extensão, e aportam também para o público externo os benefícios da internacionalização, como o conhecimento cultural, a expansão de horizontes, o exercício da empatia e a inteligência cultural, compreendida como a capacidade de transitar em ambientes culturalmente diversos a partir de uma postura de diálogo e respeitabilidade. Espera-se que novos projetos de extensão possam retomar as atividades aqui esboçadas e expandi-las, fortalecendo também a internacionalização da extensão na UFRJ, e tornando a nossa universidade cada vez mais acessível também ao público externo. E que, institucionalmente, a UFRJ possa apoiar cada vez mais projetos dessa natureza, conferindo à extensão a mesma importância que a nossa Constituição atribui a ela, indissociando-a do ensino e da pesquisa.

*Texto de Guilherme Antunes, Analista de Relações Internacionais da UFRJ.

Estudantes de intercâmbio e calouros PEC-G na reserva da Ilha do Catalão.
Estudantes de graduação nacionais, de intercâmbio e PEC-G no Palácio Universitário.
Participação no evento Semanas de Lusofonia 2022.
Estudantes estrangeiros na Escola Municipal O’Higgins, em Bangu.

Matéria no Conexão: “UFRJ recebe intercambistas de 15 nacionalidades”

“A Superintendência-Geral de Relações Internacionais (Sgri) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) celebrou a vinda de intercambistas para o segundo semestre de 2023 em evento no dia 11/8. Neste período, a UFRJ recebe 115 alunos da Alemanha, Argentina, Áustria, Bélgica, Colômbia, Dinamarca, Espanha, França, Itália, Noruega, Portugal, Suécia, Suíça, Uruguai e Haiti. A recepção ocorreu no Salão Nobre do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN).”

Conteúdo repostado de conexao.ufrj.br. Matéria de João Guilherme Tuasco, sob supervisão da jornalista Vanessa Almeida. Clique aqui para ler na íntegra.

SGRI em Matéria no Jornal Sintufrj – Expectativas em Meio a “Cenário de Dificuldades”

Na semana passada, a SGRI recebeu a equipe de jornalismo do Sintufrj em suas dependências e concedeu entrevista, que foi publicada em sua mais recente edição.

Os servidores Elisabeth Machado, Guilherme Antunes, Jéssica Monique e Paulo Roberto, que fazem parte da equipe de relações internacionais, tiveram a oportunidade de contar ao Jornal Sintufrj não apenas sobre as expectativas da Superintendência para o futuro, mas também sobre as muitas dificuldades encontradas no momento.

Servidores da SGRI (e-d Paulo Roberto, Jéssica Monique, Elisabeth Machado e Guilherme Antunes) – Foto de Elisângela Leite

Segundo o gestor administrativo da equipe, Paulo Roberto, a SGRI (antiga SCRI e DRI), apesar de seus mais de 20 anos de existência, apenas foi oficialmente estabelecida no ano passado (2022), e que, além disso, nunca houve uma regularidade de espaço para o funcionamento ideal de um setor internacional, e vale ressaltar que este é o local onde são recebidas autoridades, representantes de universidades e órgãos oficiais estrangeiros, visitantes de instituições parceiras, entre outros.

Apesar da falta de espaço adequado, entre outros desafios, a equipe tem boas expectativa e vislumbra uma UFRJ internacionalizada e igualitária: “Podemos atuar de forma a contribuir para o entendimento de que todos, na UFRJ, devem ter acesso às ações de internacionalização,
que precisa deixar de ser um produto de luxo, só para alguns”, almeja
Guilherme Antunes Ramos, analista de Relações Internacionais.

Leia a matéria completa no Jornal Sintufrj, edição 1417.

SGRI dá boas-vindas ao novo superintendente

Com a recente nomeação do professor Roberto Medronho como reitor da UFRJ, o professor da Escola de Química, Papa Matar Ndiaye, foi nomeado como o novo Superintendente Geral de Relações Internacionais da Universidade, sucedendo ao professor Amaury Fernandes, da Escola de Comunicação, que ocupou o cargo durante a última gestão.

Na última sessão do Conselho de Relações Internacionais, dia 4/6, o professor Papa foi apresentado pelo professor Amaury como o seu sucessor. Na ocasião, tanto o professor Amaury, enquanto ex-superintedente, quanto a professora Jennifer Lowe, que também deixa o cargo de Coordenadora Academica de RI, receberam homenagem do Conselho pelo excelente serviço prestado à Universidade. O professor Papa agradeceu ao Professor Amaury e à Professora Jennifer pelo “trabalho de estruturação da SGRI e pela generosidade e disponibilidade mostrada o tempo todo.”

O novo superintendente

O professor Papa Matar, nascido no Senegal, fez graduação em Engenharia Química na Universidade Federal Rural do Rio , mestrado em Engenharia Química pelo programa de Engenharia Química da Coppe e Doutorado em Engenharia de Processos Químicos e Bioquimicos pela Escola de Química. Atualmente é professor do programa de Pós-Graduação em Engenharia de Processos Químicos e Bioquímicos da UFRJ e também do programa de Engenharia Química de COPPE.

Moção de agradecimento da equipe SGRI

A equipe de funcionários da Superintendência Geral de Relações Internacionais, agradece imensamente aos professores Amaury Fernandes e Jennifer Lowe pelos quatro anos de cordialidade e bons serviços, e recebe prestigiosamente professor Papa Matar, lhe desejando sucesso durante sua gestão.

“Asteroides ganham nomes de professores da UFRJ”

Conteúdo repostado. Autor: Cadu Franklin. Leia o original clicando aqui.

A Associação Universitária de Pesquisas Espaciais (Usra, em inglês) homenageou, na última semana, em conferência internacional na cidade de Flagstaff, no Arizona, Estados Unidos, os professores Marcelo Assafin e Bruno Morgado, do Observatório do Valongo (OV) da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Em reconhecimento às contribuições nos estudos solares e planetários, os docentes agora nomeiam, respectivamente, os asteroides 28967 e 339040. 

A Asteroids, Meteors, Comets Conference (AMC), organizada pela Usra em parceria com o Instituto Lunar e Planetário (LPI, em inglês), o Observatório Lowell e a Universidade do Norte do Arizona, ocorreu entre os dias 18 e 23/6. De acordo com Assafin, apesar dos inúmeros asteroides já descobertos, essa é uma honraria conferida a poucos pesquisadores. Ele espera continuar fazendo jus ao reconhecimento recebido. 

Para Morgado, a nomeação é, sobretudo, a marca de um sonho realizado: “Isso me deixou extasiado. É um sonho se tornando realidade. Terei meu nome imortalizado em um asteroide do sistema solar. E isso me motiva a cada vez mais me empenhar em fazer ciência e mostrar a importância da ciência que fazemos no Brasil e em particular na UFRJ, que é reconhecida no mundo inteiro”, festejou o homenageado. Clique aqui para ler a matéria completa..